quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Conteúdo jornalístico online: empresas formam consórcio

Por João Casotti, do site Nós da Comunicação, parceiro do Opinião e Notícia
| 26/08/2009


No início de agosto, o bilionário Rupert Murdoch, presidente e diretor-geral da News Corporation, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, declarou a intenção de cobrar pelo conteúdo noticioso de alguns dos principais veículos de imprensa de sua empresa a partir de 2010.
Quase um mês após a declaração, o Los Angeles Times informou que executivos da News Corp. estão se reunindo com outras grandes organizações do setor, como o New York Times Co., o Washington Post Co., o Hearst Corp. e o Tribune Co. O objetivo é formar um consórcio entre as principais empresas do setor para a cobrança pela informação jornalística online.
Jonathan Miller, chefe do Departamento Digital da News Corp., é quem lidera a negociação entre os executivos. O caso de sucesso do Wall Street Journal Online, que cobra pelo conteúdo online e tem cerca de um milhão de assinantes digitais, está sendo utilizado como argumento para convencer outras empresas a aderirem ao projeto.
No entanto, analistas são cautelosos quanto à reprodução do sucesso do WSJ Online para outros veículos, pois os leitores da publicação especializada em mercado financeiro dependem do acesso a informações valiosas para o trabalho diário. Eles não garantem que o consumidor esteja disposto a pagar por informações gerais, como eventos esportivos, entretenimento ou notícias locais.
“Provavelmente, serão dólares pequenos. Para uma grande organização de mídia, será o mesmo que adicionar muito pouco a uma montante enorme de receitas”, afirma Eduardo Atorino, especialista em mídia da Benchmark Co., em entrevista ao Los Angeles Times.
Segundo a Newspaper Association of America (Associação de Jornais da América), a indústria de jornal impresso nos Estados Unidos teve uma queda de 28% em publicidade no primeiro semestre de 2009, sendo que a propaganda digital corresponde a apenas 12% das receitas. Além disso, um projeto da Pew Research Center sobre o setor apontou que a redução se deve principalmente à crise econômica e às mudanças estruturais dos negócios. O relatório registra a crescente migração de leitores e anunciantes para a internet.
Conteúdo publicado originalmente no site Nós da Comunicação, parceiro do Opinião e Notícia

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/leitor/iii-premio-opiniao-e-noticia/?ga=dtf

Digital Age 2.0: exemplo do maior sucesso de vendas 2.0 diz que segredo é ouvir consumidor e entregar felicidade

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

Nestes próximos dias (26 e 27 de agosto), São Paulo está sediando a 3a. edição do Digital Age, evento criado em 2007, segundo a presidente e publisher do Now!Digital, Silvia Bassi, para mostrar aos empresários brasileiros que a internet seria o futuro. Passados três anos, com o futuro tornado um inexorável e desconfortável presente para muitos empresários que até hoje ainda não "deixaram a ficha cair", o Digital Age 2.0 foi brilhantemente aberto (adoro blog porque aqui, pelo menos, a gente pode adjetivar!) pelo jovem Tony Hsieh (tony@zappos.com ou, aqui, para segui-lo no twitter). O CEO da Zappos, maior loja online de sapatos, viu seu faturamento pular de US$ 1,6 milhão, em 2000, para US$ 1 bilhão no ano passado.

Mas, o que faz um vendedor de sapatos num evento como este? A resposta poderia ser exatamente o fantástico resultado de seu sucesso na internet, que acabou chamando a atenção da Amazon, a ponto de comprar o negócio. Mas a hostess Silvia Bassi foi bem mais jornalística, ao usar de uma objetividade quase ferina ao dirigir-se à plateia: "ele está aqui pela única razão de ter começado como empresário da era 1.0 e ter efetivamente entendido o que é trabalhar para o consumidor", disse. E, para deixar que o "padre" rezasse sua missa aos fiéis, ela saiu de fininho. E que missa!


O jovem careca, de calça jeans - no estilo de 10 entre 10 CEOS da nova era - parecia um buda moderno ao falar de coisas que os engravatados na plateia jamais esperariam ouvir como receita de sucesso. Pois onde mais - senão num templo budista ou em qualquer outro local se falaria de felicidade?

Porque é esta a base de todo o sucesso por trás da Zappos. Ao invés de focar suas energias em tipo de mercado, seus sócios concentraram-nas em valores. E os seguiram à risca, com comprometimento - seus e de todos os funcionários que sempre admitiram (ou demitiram) ao longo dos pouco mais de 10 anos de existência da marca: ser a melhor experiência que o consumidor possa ter, não importa para que produto. A isso, Hsieh chamou de PEC = Personal Emotional Commitment. Por isso, para 2009, a Zappos tem como meta ser reconhecida como a empresa dos três Cs: de clothing, customer services & culture (vestuário, prestação de serviços ao consumidor e cultura).

Com histórias como "tudo começou com meu sócio vendendo sobras das pizzas que pedíamos no quarto que dividíamos na faculdade", que somente CEOs do porte de Steve Jobs, Bill Gates e, agora, Tony Hsieh têm permissão para contar, o diretor da Zappos disse que para alcançar o objetivo de 2009 não pretende investir rios de dinheiro em publicidade e propaganda. Ele hoje sabe que o consumidor vai fazer isso por ele; seu foco está no investimento diário feito internamente, na cultura da empresa; em manter sua marca forte para entregar a melhor experiência aos consumidores. "Bem atendidos, eles mesmos espalharão as melhores notícias", completou, usando o buzz - o word of mouth.

Pirâmide da felicidade

O segredo está em espalhar a felicidade do começo ao fim - e o começo está nos funcionários da empresa. Ao estimulá-los com valores da empresa e ao manter na Zappos as pessoas com perfil semelhante - com visão de longo prazo, dando-lhes espaço para crescer e responsabilizar-se pelos resultados dos quais, ao final, todos se beneficiarão, eles não somente se motivam, como fazem crescer a cadeia. A multiplicação de resultados é apenas uma consequência desta onda.

"E não é papo da boca prá fora", ele alertou - mas levado a sério diariamente. Por isso, inclusive, mantém uma política de propor a quem quiser, sair da empresa levando R$ US$ 2 mil - a qualquer momento em que se sinta desestimulado. Mais do que isso, o investimento interno envolve:

1) Não pressionar representantes de vendas com metas de vendas baseadas em desempenho ou tempos de ligação;
2) Focar o relacionamento via telefone como um dos melhores instrumentos à disposição para interagir com o cliente, de forma a fazê-lo experienciar o que quer que seja para ele sair feliz desta experiência;
3)Manter o depósito funcionando 24h, 7dias por semana, inventoriando todos os produtos;
4)Nos cinco dias da semana, a empresa trabalha com os funcionários no escritório em Las Vegas em cima do treinamento sobre os valores e cultura da empresa, serviços ao consumidor e controle de estoque;
5) A criação e manutenção do programa US$ 2 mil para deixar a empresa;
6) Entrega do Livro de Cultura da empresa;
7) Entrevistas e revisões de desempenho com 50% do peso baseado no encaixe do funcionário nos valores e na cultura da empresa.
8) O uso do Twitter para ajudar a construir a imagem da empresa.

E quais são os valores que fizeram da última do alfabeto a primeira do mundo?


Quem sabe não tem medo de ensinar e muito menos de dividir conhecimento. Para fazer sua empresa, que está na letra Z - de zebra - a chegar na frente de todas, tirando nota A, Tony Hsieh abriu por completo sua apresentação e disse que qualquer pessoa pode solicitá-la (via e-mail ou twitter, razão pela qual você pode dar um rolé para cima e pedir já o seu exemplar - já que entende agora porque eu coloquei os contatos dele aqui), além de colocá-la à disposição dos presentes, provavelmente via twitter. Como nem todos lêem inglês, aqui vai a cereja, condensada em dicas:

O maior valor da empresa é entregar o WOW (literalmente deixar o cliente boquiaberto!) com a experiência que ele terá vivenciado ao entrar em contato com a sua marca.
Abrace a mudança e seja você um criador dela.
Crie espaço para diversão e uma certa dose de esquisitice também.
Seja aventureiro, criativo e aberto ao que vier.
Persiga o crescimento e o aprendizado.
Construa relacionamentos abertos e honestos com a Comunicação
Desenvolva um espírito de grupo positico e familiar dentro da empresa.
Faça mais com menos.
Seja passional e determinado.
Acima de tudo, seja simples ou despretencioso.



Simples assim e, o melhor - o crème de la crème não ficou para o final, como costuma acontecer em eventos do tipo. Ao contrário, deve ter gerado um belo trânsito ao redor do World Trade Center de São Paulo, o suficente para lotar os quase 800 lugares do auditório do business center do local.

Fonte: Mosaico Social

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica File 2009

Uma dica interessante para quem curte arte em linguagem eletrônica e está ou vai a São Paulo é o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - File 2009, que está em cartaz até o dia 30 de agosto, no Centro Cultural Fiesp-Ruth Cardoso/SESI, na Avenida Paulista, 1313.Lá você vai poder conferir uma grande mistura de música eletrônica, arte, interatividade e muita tecnologia.Mais informações

sábado, 8 de agosto de 2009

China proíbe choque para tratar vício em internet

Julho 15th, 2009

Com mais de 300 milhões de internautas, a China já é o país com o maior número de usuários da rede mundial de computadores. Também é lá que se registra a maior incidência de distúrbios psicológicos e dependência gerados pela navegação excessiva na web. Mais de 200 organizações em todo o país se especializaram no tratamento desses distúrbios. E muitas delas prescrevem eletrochoques para os jovens viciados na rede, seguindo o método desenvolvido pelo médico Yang Yongxin, responsável pelo Centro de Tratamento para Vício em Internet no Hospital Psiquiátrico da província de Linyi. No procedimento, que custa cerca US$ 800, os jovens são privados de qualquer contato com o mundo exterior. Após uma série de denúncias, o Ministério da Saúde da China acaba de proibir o procedimento, afirmando que “a terapia de choque para curar dependência de internet não tem fundamento ou evidências em pesquisas clínicas, e assim sua aplicação não é apropriada”.

Via Reuters.
Fonte: http://blogs.band.com.br/anderaos/

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Revista Mundo Estranho

Pergunta de Julho

Por que as apresentadoras e jornalistas da TV sempre têm cabelo liso?
A mais criativa:
Porque, como todo mundo sabe, apresentadoras e jornalistas não podem ser "enroladas", ou seja, as matérias têm que ser "lisas" e "sem pontas duplas", senão há uma "queda" de audiência. Para "revigorar" a matéria, deve-se colocar "luzes" em cima de assuntos legais, como a MUNDO ESTRANHO faz todo mês! Deixa os dias de leitura menos "rebeldes" e mais "revigorados"!
Aurora Guimarães Cabaral, Rio de Janeiro/RJ

A mais correta:
As apresentadoras de TV têm cabelo liso para que o efeito chroma-key (substituição do cenário do estúdio por imagens) funcione melhor. O cabelo crespo dificulta o recorte da apresentadora para o fundo.
Certíssimo, Eduardo. Embora a maioria dos leitores tenha respondido que o cabelo liso está relacionado à estética, a questão é técnica mesmo. Para ver os selos que aparecem na chamada das matérias, existe um painel azul no cenário dos telejornais - o chroma-key - que é substituído por uma imagem digital. Por isso, é importante que os cabelos estejam lisos, para facilitar o recorte do rosto da apresentadora no computador. Veja na próxima edição uma matéria que explica o funcionamento do chroma-key.
Eduardo Santos da Silva, Florianópolis/SC